Quadros Pequenos
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Watchmen
No meu primeiro post nessa página quis começar com algo que realmente significasse algo para mim; tenho 3 grandes paixões: sem ordem de preferência – oftalmologia, cinema e quadrinhos. Cinema todo mundo escreve e eu teria pouca coisa a acrescentar de útil nesse blog. Duvido que alguém aqui realmente se interesse por oftalmo.... sobrou quadrinhos.

Se vou falar sobre quadrinhos, vou começar pela HQ que de longe é minha preferida. Notei que muita, muita gente não conhece watchmen. Meu objetivo aqui é tentar chamar sua atenção pra essa obra de arte e convence-los a ler o quanto antes!

Sempre soube da fama e da qualidade dessa HQ. Vergonhosamente só fui lê-la ano passado. Quando li a primeira vez, achei a trama muito legal, os desenhos excelentes, mas não se tornou minha HQ preferida de cara: ainda preferia a genialidade de V, de Vingança. Mas inventei de reler o negócio e notei uma porção de pequenos detalhes que havia deixado passar quando li da primeira vez. Passou um certo tempo, reli de novo – putz... mais detalhes.... foi então que me toquei da genialidade que é essa obra. A cada nova leitura, certos detalhes me vêm a cabeça, e o tom da história sempre acaba mudando. Porra, imaginem uma HQ em que isso aconteça toda vez que você lê!

A trama de Watchmen começa em 1985, quando um desses super-heróis (o Comediante) é encontrado morto em seu apartamento. Rorschach, o único vigilante a estar ilegalmente na ativa (todos os outros haviam se aposentado depois da aprovação de uma lei em 1977), investiga e, gradativamente, convence os outros a vestirem novamente seus uniformes.

Entre os principais há o segundo Coruja (que, usando alta tecnologia e brinquedinhos legais como o Batman, pediu ao primeiro Coruja o direito de usar seu nome na guerra contra o crime); há Adrian Veidt, vulgo Ozymandias, considerado “o homem mais inteligente do mundo” e que vivia numa fortaleza na Antártica; há a segunda Espectral, filha da primeira, que nunca gostou desse negócio de super-herói e entrou nessa de vigilante apenas por causa da mãe; e há o azulão Dr. Manhattan, namorado da Espectral.

De todos esses heróis, o único realmente com superpoderes é o Dr. Manhattan, que sofreu um acidente nuclear e se tornou um ser capaz de fazer absolutamente tudo, e que, entre outras coisas, ajudou os Estados Unidos a vencerem a Guerra do Vietnã.

Bem, isso não é tudo. Enquanto Rorschach começa a procurar pelo tal “matador de mascarados”, como ele o chama, muitas coisas acontecem: o Dr. Manhattan se vê obrigado a deixar o planeta, depois de acusações de que teria provocado câncer em antigos companheiros; Adrian Veidt quase é baleado saindo de seu escritório; Moloch, um antigo vilão, é morto - e todas as pistas apontam para Rorschach, que é pego pela polícia.

Até a edição # 12, vemos flashbacks, lemos a autobiografia de Hollis Mason (o primeiro Coruja) e muitos outros textos no final de cada edição, sacamos vários detalhes gráficos - como a tal da “carinha sorridente” da capa do # 1 que insiste em aparecer em todo lugar, e muito, muito mais. E no fim da edição # 11 há a revelação do plano mestre do vilão (se podemos chamá-lo assim) por trás de tudo, no momento que foi considerado pela Wizard americana como sendo o 2o melhor momento de toda a história dos quadrinhos, perdendo apenas para a luta entre Batman e Super-Homem em O Cavaleiro das Trevas.

Perceberam nesse breve resumo a influência da obra? Que tal uma lei que obriga o registro de heróis... Os Incríveis? Guerra Civil?

Isso é Alan Moore!

E é isso aí. Depois disso tudo a única coisa a mais que posso dizer é: se você nunca leu Watchmen, não pode ser considerado um verdadeiro fã de quadrinhos.


Cristiano Ludvig
posted by Revista Nerd @ 09:34   0 comments
DC : A Nova Fronteira
Neste post quero fugir do óbvio e chamar a atenção de vocês pra uma série maravilhosa, acessível para todos, mas absolutamente essencial para o fã de HQs... em especial do universo DC (prefiro Marvel.... mas é impossível ignorar as qualidades dessa aqui!). Imagino que a maior parte de vocês não conheça essa maravilha...
DC A Nova Fronteira é um grande amálgama da Era da Ouro dos quadrinhos norte americanos. Darwyn Cooke consegue, com maestria, unir vários heróis da DC de épocas distintas e “terras” distintas em uma única e muito bem amarrada história, que envolve ao mesmo tempo as mitologias dos próprios personagens com a época da caça às bruxas promovida pelo Senador McCarthy.
É interessantísimo ver o Superman no seu melhor papel: o de escoteirinho babão do sistema, sendo escurraçado pela Mulher-maravilha. Tudo bem que ele ainda salva a pátria em determinado momento, mas é interessante ver como os próprios Escritores (ou pelo menos aqueles que merecem este título com “E” maiúsculo) norte-americanos acham o superman um CDF de primeira.Outra parte interessante é a história paralela do Lanterna Verde, ou, melhor dizendo, de Hal Jordan, trabalhando na Ferris International e se apaixonando por aquela que viria a ser a Safira Estrela.
No mais, vários heróis de todas as épocas enfrentam um inimigo comum, sendo que muitos destes heróis não davam as caras à milênios, como os Perdedores, os Soldados do Desconhecido e a primeira encarnação do Esquadrão Suicida. Eu, pelo menos, nunca tinha lido nada com esses personagens até então (até pra isso valeu a pena: descobrir novos e bons personagens).
Os desenhos também são espetaculares, e o mais interessante é que eles são leves e livres, bem ao estilo de Hergé (Tim Tim), contrastando muito com a história densa.
Enfim, não é a toa que a história ganhou “só” os prêmios Eisner, Shuster e Harvey… bom... Tão esperando o que?

Cristiano Ludvig
posted by Revista Nerd @ 09:30   0 comments
Seções
Colunas
Artigos Anteriores
Arquivo
Colaboradores
    Sasquash Cavalera
    Cristiano Ludvig
    Phillip Gruneich
    Fernando Fonseca
    João Paulo Rodrigues da Silva
    Paulo Henrique Marinho
    Gustavo Grandino Gobbi
    Viníccius Boaventura
    Nicolas Trevizan
    Pony
Contato
revistanerd@gmail.com
Powered by

Free Blogger Templates

BLOGGER